terça-feira, 16 de novembro de 2010

Conclusão

Camões para mim é o maior símbolo que a nação portuguesa pode ter, constitui a síntese da grandeza do nosso país, da sua imensidade, particularmente da língua Portuguesa.
Camões viveu durante o auge de todo o império Português, o que contribuiu para o enaltecimento do povo Lusitano, utilizando o poeta para isso a sua habilidade nata e inigualável. Particularmente aprecio em Camões a sua personalidade poética, por esta ser de uma imensidade expendida, apesar de me recusar a enaltecer a sua personalidade humana, isto é, a sua vida boémia e despreocupada; mas por vezes é no seio de uma vida deplorável que nascem muitos génios. Além do seu retrato ao povo Português, dou um grande apreço as suas tentativas de enunciar o Amor, sentimento considerado bastante paradoxal pelo escritor.
Acredito profundamente que este mítico poeta irá ser relembrado constantemente através das várias gerações Lusitanas e estrangeiras, porque afinal foi ele quem nos visualizou o melhor lado do povo da Ocidental Praia Lusitana: aventureiros que nunca desistem.

Grandes Portugueses Luís de Camões

Epopeia
Camões escreveu Os Lusíadas sob a forma de narrativa épica ou epopeia, forma muito utilizada na Antiguidade Clássica e que este conhecia bem.
Uma epopeia, forma literária da Antiguidade Clássica, define-se como uma narrativa, estruturada em verso, que narra, através de uma linguagem cuidada, os feitos grandiosos de um herói, com interesse para toda a Humanidade.
Aristóteles, filósofo grego que viveu durante o séc. III a.C. descreveu os requisitos necessários à composição de uma epopeia:
Ao analisarmos Os Lusíadas, e depois de conhecermos os elementos constituintes de uma epopeia, concluímos que Camões segue, em muitos aspectos, o modelo clássico apresentado.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Simbologia dos Números




1 – Simboliza o Ser por excelência, a unidade entre pólos opostos, remetendo, assim, para atotalidade e para a comunhão com o transcendente.
2 – Simboliza a divisão e a dualidade, seja ela a expressão de contrários ou de complementaridade. Resume o grande paradoxo da existência: a vida e a morte.
3 – Remete para a união entre Deus, o Universo e o Homem, representando por isso atotalidadeTese, antítese, síntese. Fases da existência: nascimentovida e morte. Perfeição formal: introdução, desenvolvimento, conclusão.
5 – OrdemEquilíbrioHarmonia e Perfeição.
7 – Período temporal unificante e está por isso associado à ideia de completude de um ciclo. Número mágico que remete para o poder e para o acto de criação.
12 – Remete para a unidade temporal do ano. Está ainda associado aos 12 apóstolos que reflectem por sua vez uma forma diferente de estar no Universo, forma essa pautada pelafidelidade a Cristo, pela fraternidade e pela paz.
 Outros símbolos:
Quinas – Representam as 5 chagas de Cristo – imagem do sofrimento e da redenção dos pecados humanos.
Brasão – Simboliza a formação do reino e o passado inalterável.
Noite – Simboliza a morte e a inércia e implica a hipótese de nascimento.
Mar – Simboliza o masculino. O seu dinamismo associa-se à ideia de conquista etransformação. Mar como reflexo do céu – espelho da vontade divina.


Analise dos poemas

1. Nascimento – 1ª Parte “Brasão”Fundação da nacionalidade, desfile de heróis lendários ou históricos, desde Ulisses a D. Afonso Henriques, D. Dinis ou D. Sebastiao.
2. Realização – 2ª Parte “Mar Português”Poemas inspirados na ânsia do Desconhecido e no esforço heróico da luta com o mar. Apogeu da acção portuguesa dos Descobrimentos, em poemas como “O Infante”, “O Mostrengo”, “Mar Português”.
3. Morte – 3ª Parte “O Encoberto”Morte das energias de Portugal simbolizada no “nevoeiro”; afirmação do sebastianismo representado na figura do “Encoberto”; apelo e ânsia messiânica da construção do Quinto Império.

A estrutura
· A Mensagem está dividida em três partes. Esta tripartição corresponde a três momentos do Império Português: nascimento, realização e morte. Mas essa morte não é definitiva, pois pressupõe um renascimento que será o novo império, futuro e espiritual.


Sebastianismo
· A Mensagem apresenta um carácter profético, visionário, pois antevê um império futuro, não terreno, e ansiar por ele é perseguir o sonho, a quimera, a febre de além, a sede de Absoluto, a ânsia do impossível, a loucura. D. Sebastião é o mais importante símbolo da obra que, no conjunto dos seus poemas, se alicerça, pois, num sebastianismo messiânico e profético.
Quinto Império: império espiritual
· É esta a mensagem de Pessoa: a Portugal, nação construtora do Império no passado, cabe construir o Império do futuro, o Quinto Império. E enquanto o Império Português, edificado pelos heróis da Fundação da nacionalidade e dos Descobrimentos é termo, territorial, material, o Quinto Império, anunciado na Mensagem, é um espiritual. “E a nossa grande raça partirá em busca de uma Índia nova, que não existe no espaço, em naus que são construídas daquilo que os sonhos são feitos… “A Mensagem contém, pois, um apelo futuro”.

Mensagem

Carácter épico-lírico
· A Mensagem é uma obra épico-lírica, pois, como uma epopeia, parte de um núcleo histórico (heróis e acontecimentos da História de Portugal), mas apresenta uma dimensão subjectiva introspectiva, de contemplação interior, característica própria do lirismo.
O mito
· As figuras e os acontecimentos históricos são convertidos em símbolos, em mitos, que o poeta exprime liricamente. “O mito é o nada que é tudo”, verso do poema “Ulisses”, é o paradoxo que melhor define essa definição simbólica da matéria histórica da Mensagem.

A estrutura da obra

Assim, a estrutura da Mensagem, sendo a dum mito numa teoria cíclica, a das Idades, transfigura e repete a história duma pátria como o mito dum nascimento, vida e morte dum mundo; morte que será seguida dum renascimento. Desenvolvendo-a como uma ideia completa, de sentido cósmico, e dando-lhe a forma simbólica tripartida – Brasão, Mar Português, O Encoberto. Que se poderá traduzir como: os fundadores, ou o nascimento; a realização, ou a vida; o fim das energias latentes, ou a morte; essa conterá já em si, como gérmen, a próxima ressurreição, o novo ciclo que se anuncia – o Quinto Império. Assim, a terceira parte, é toda ela cheia de avisos, preenche de pressentimentos, de forças latentes prestes a virem á luz: depois da Noite e Tormenta, vem a Calma e a Antemanhã: estes são os Tempos. E aí sempre perpassarão, com um repetido fulgor, sempre a mesma mas em modelações diversas, a nota da esperança: D. Sebastião, O Desejado, O Encoberto…
É dessa forma, o mítico caos, a noite, o abismo, donde surgirá o novo mundo, “Que jaz no abismo sob o mar que se segue”.

Mensagem, Fernando Pessoa

Mensagem (1934) foi o primeiro e único livro de Fernando Pessoa publicado em sua vida. A obra e uma colectânea de poesias em geral breves concisas, compostas em épocas diferentes. Tem, no entanto, unidade de inspiração percorrendo-a um sopro patriótico de exaltação e de incitamento e um certo equilíbrio arquitectónico. O livro divide-se em três partes: Brasão, que apresenta um conjunto de poemas alusivos a heróis relacionados com a fundação da pátria, desde Ulisses a Sebastião, ora invocados pelo poeta ora definindo-se a si próprios; Mar português no esforço heróico da luta com o Mar; o Encoberto, onde se afirma o sebastianismo de apelo e de certeza profética.
Dum modo geral interioriza, mentaliza a matéria épica integrando-a na corrente subjectiva. Mensagem, cujo título, inicialmente, era Portugal. Encerra trechos, ou versos que já andam nas antologias e na memória dos Portugueses: “Valeu a pena? Tudo vele a pena/ Se a alma nao e pequena.


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quarta-feira, 3 de novembro de 2010

-INÌCIO DA NARRAÇÃO

Episódio do “Consílio dos Deuses no Olimpo”

O Consílio dos deuses integra o plano paralelo e tem uma função alegórica, servindo para exaltar os feitos dos portugueses e para os engrandecer.
A acção começa num meio avançado e só mais tarde é que se vai contar início em retrospectiva, como é normal numa epopeia. Os portugueses já estavam no Oceano Índico e o tempo estava propício á viagem. Enquanto isso, os Deuses iam-se juntando no Olimpo, convocados por Júpiter, cujo objectivo da assembleia geral era determinar se os portugueses deveriam ou não chegar ao seu tão desejado destino – a Índia.
Quem presidiu a reunião foi Júpiter, o deus de todos os Deuses, e todos eles estavam sentados por escalões desde os mais importantes aos menos importantes.
Júpiter dirige-se então aos Deuses e fala-lhes nos grandes feitos dos portugueses, dizendo que até agora já venceram os Mouros, conquistaram terras aos castelhanos, já para não falar nos feitos antigos que fizeram sempre com fama e glória. Passaram também, muitos sacrifícios no mar e merecem ver a terra desejada. Júpiter faz um pedido, para que os portugueses sejam recebidos em África, que descansem e que encontrem informações sobre a Índia para que possam prosseguir viagem.
Perante o discurso de Júpiter surgem forças apoiantes e forças oponentes. Vénus e Marte apoiam a decisão de Júpiter: Vénus porque gosta dos lusitanos e é-lhes descendente, bem como sabia que estes nunca a iam esquecer, pois os portugueses celebram muito o amor e Marte, ou porque os portugueses mereciam mesmo, ou porque tinha gostado de Vénus. Baco, no entanto discorda com Júpiter, pois tinha muita fama no Oriente e temia ser esquecido.
Finalmente, e após um pequeno discurso de Marte apoiando os Portugueses, Júpiter decide que os Portugueses irão ver terra firme e manda Mercúrios, que rápido como uma seta, vá mostrar terra aos portugueses.
- Estrutura externa
Quanto á estrutura externa, o poema está organizado em dez cantos (I-X), sendo o seu número de estrofes variável. As estrofes são de oito versos (oitavas) e apresentam o seguinte esquema rimático – abababcc. Os versos têm dez sílabas métricas (decassilábicos).

- Estrutura interna
Quanto á estrutura interna, o poema contém quatro partes: a Proposição (onde o poeta anuncia o que vai cantar), a Invocação (onde o poeta pede auxílio ás ninfas do Tejo), a Dedicatória (onde o poeta oferece e dedica o poema a D.Sebastião) e a Narração (onde se relata as acções e acontecimentos)
Da Narração fazem parte três planos narrativos: plano fulcral (plano da viagem de Vasco da Gama), plano paralelo (intervenção dos Deuses) e plano encaixado (História de Portugal). Fazem também parte da narração, episódios que começam e acabam e que se incluem na história maior.



-PROPOSIÇÃO
Na Proposição o poeta expões aquilo de que vai falar, explica o que se propõe fazer.
O sujeito (Camões) vai espalhar (acção) por toda a parte (por onde), cantando (como), os feitos dos Homens ilustres (o quê), as memórias dos reis e todos aqueles que se imortalizaram, porque devido aos seus feitos nunca vão cair no esquecimento. O poeta faz ainda um pedido para que se pare de falar dos Gregos e das navegações de outro povos, pois este irá falar de um povo “mais alto”. Nestas estrofes destaca-se ainda, um herói colectivo – os Portugueses.


-INVOCAÇÃO
Na Invocação o narrador pede ajuda a algo que inventou (as ninfas - tágides do Tejo). Este pede para que tenha um tom digno do povo e dos feitos de que vai falar.
Nestas estrofes, o autor refere ainda as características da epopeia: “elevada, solene, grandiosa, fluente, de grande inspiração” e faz ainda distinção entre poesia épica e poesia lírica, quando se refere á tuba e á flauta, visto que a tuba tem um som mais grave e a flauta um som mais suave e digno deste povo.


-DEDICATÒRIA
Na Dedicatória o narrador elogia o rei, mostrando-lhe o quão grande é o seu império, desde o Oriente até ao Ocidente. Diz-lhe ainda que através dos Lusíadas vai conhecer o povo português.
Camões faz ainda um pedido, para que o rei olhe um pouco para ele que é tão pequeno.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Relatorio da visita de estudo ao Museu Rainha D.Leonor

Introducao

No dia 28 de Outubro de 2010, as turmas G e F do 12 ano realizaram uma visita de estudo ao Museu Rainha D. Leonor em Beja com a Professora Fátima. A visita foi guiada pelo Dr. Leonel António Borrela, a fim de aprofundar os conhecimentos e aprender a identificar características do Renascimento em diferentes formas de expressão artística, e outros objectivos como:
- Desenvolver o espírito critico;
- Contactar com o património cultural da região;
- Aprender a viver juntos;
- Formentar a sensibilidade estética e o gosto pela arte.




Desenvolvimento do relatório
Sobre o museu

O primeiro museu de Beja foi, sem dúvida, representado pelas colecções particulares de Frei Manuel do Cenáculo (1724-1814), o ilustre prelado bejense cujos méritos e zelos de investigador atraíram a esta cidade a atenção do mundo culto de então. A investidura de Cenáculo no arcebispado de Évora ocasionou a mudança de muitos monumentos, de vária espécie, para aquela cidade.

Percurso

Primeiramente, foi-nos mostrado e detalhadamente explicado o capitel romano que fica do lado de fora do museu; de seguida entramos no museu, fomos a igreja. O Dr.Leonel explicou o tipo de arte que estava ali. Vimos logo que havia um púlpito onde os oradores e pregadores discursavam. Ficamos impressionados com os detalhes da parede que era feita de mármores de vários tipos e cores e cada detalhe era introduzido manualmente. Passamos por muitas obras e altares muito antigos e bem trabalhados, como o arco de pedras em volta dele. No caminho vimos outros capiteis romanos, fomos a ultima sala onde havia vários quadros do Renascimento e Barrocos. O quadro que mais me chamou a atenção foi um de barroco e o maior de todos eles. Nele há um homem que esta a ser esfolado vivo, mas, ao contrário do normal ele não apresenta característica facial de medo ou de dor, mas sim de felicidade. O Dr.Leonel explicou-nos que a expressão significava que o homem não receava morrer porque ele sabia que, quando partisse ele iria para o reino dos céus. Na minha opinião, esta foi umas das partes que mais me chamou a atenção.



Conclusão
Segundo a minha opinião a visita foi mais do que eu esperava. Consegui atingir alguns dos objectivos esperados, adquiri alguns conhecimentos sobre o Renascimento. Normalmente eu não tenho muito interesse pela arte, mas consegui encontrar algum interesse pelo mesmo, e na minha opinião acho que deveria haver mais visitas destas, porque a matéria torne-se mais interessante.
Um dos aspectos positivos foi que, (como havia relatado anteriormente) com a visita conseguimos adquirir interesse pela matéria.